Por Neto Lucon
O filme francês
Tomboy (2011), da diretora Céline Sciamma, já virou referência quando se fala sobre filmes voltados para homens trans e transmasculinidades. Mas o que pouca gente sabe é que o que aconteceu com a criança protagonista do filme seis anos após a exibição.
Cena do filme Tomboy |
A obra fala sobre a história de uma criança de 10 que foi designada Laure ao nascer, mas que se identifica com o gênero masculino. A criança muda de cidade e diz para todos os amigos que é Mickael. Tudo ia bem até que acontece uma briga e as mães entram no meio.
O filme é indicado para começar a discutir transgeneridade ou transexualidade na infância. Pois mostra o que se passa com as crianças e como os adultos veem essas questões.
Pois bem, a atriz francesa Zoé Heran (é uma mulher cis interpretando, não um menino), na época do filme tinha 12 anos e, após a estreia em Berlim, foi indicada para Young Artist Award pela obra, ganhou como Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires e causou debates e comoção em todo o mundo.
Apesar da projeção desmedida, este não foi seu primeiro trabalho, aos sete participou de um curta-metragem de Julie Garnier, e em 2007 esteve na série On the Edge, além de estrelar vários comerciais de televisão, como MacDonald e Pasquier e a associação CRA.
SEIS ANOS DEPOIS…
Seis anos depois de Tomboy, Zoé tem 18 anos, ostenta cabelos compridos, fez aniversário recentemente (no dia 2 de fevereiro) e é do signo de aquário. Segundo informações de sites de cinema, vive em Seine-et-Marne (ou pelo menos é de onde sua família vem) e em algumas aparições públicas ainda faz o estilo Tomboy.
`Pode-se dizer que felizmente Zoé continua perseguindo o seu sonho de ser atriz, apesar de nem sempre encontrar excelentes oportunidades. Conciliando a carreira com a escola, ela nunca desistiu dos seus objetivos. Ao contrário, escolhe os seus projetos a dedo, sempre com algum propósito. De filme em filme, ela consegue atuar e mostrar seu talento.
Em 2014, esteve em Avec Lou, de Isabelle Schapira. No filme, ela interpreta a irmã da protagonista Johanna (Mathilde Mosseray), que tem o relacionamento prejudicado pelos pais, que estão se divorciando, e volta ao antigo apartamento. Lá, ela conhece um garoto solitário, Lou (Devo Couzigou), que fugiu de casa.
Em 2015, participou do curta metragem, a Les amis de Mimi, que tem a finalidade de conscientizar jovens sobre o racismo. E no mesmo ano também lançou um projeto de curta-metragem com um crowndfunding modesto. Tão modesto que ela teve que parar as gravações e se desculpar com os contribuindo, adiantando que não desistiria da obra.
No último ano, além de ter trabalhado como co-produtora do filme
Taro, esteve em Fruit Defendu, filme em que Sam (Zoé) vive uma relação tóxica com sua mãe, pois ambas em cada época vivem em uma idade em que seus corpos mudam. Ela também descobre os medos de sua própria feminidade.
Ei, senti alguma referência ou possível continuidade de Tom Boy aqui, não? O diretor e escritor é Marion Jhoaner.
Em entrevista, Zoé diz que quer a cada tentativa explorar as oportunidades que o mundo do cinema tem. Suas intenções são para continuar treinando para isso, pois considera o seu destino. E que depois de completar seu último ano na escola, o que deve ter acontecido, é fazer uma faculdade.
Nós desejamos muita e muita sorte e sucesso!