Neto Lucon (p/ O Fuxico)
Loiro, olhos claros e corpo atlético. André Segatti bem que poderia se confortar com o tipo físico de galã e se aprofundar com tranquilidade nos papéis de “bons moços”. Porém, em entrevista a O Fuxico, o ator revela que sempre considerou os mocinhos menos interessantes e que, disposto a interpretar grandes vilões, suou a camisa para fazer maldades na TV.
A vontade perdurou durante anos – ele esteve na pele de príncipes e “homens de família” no humorístico Turma do Didi, na novela Malhação e na minissérie Chiquinha Gonzaga . Até que em 2006 , depois de tanto solicitar a oportunidade, o ator foi convidado para dar vida ao seu primeiro malfeitor de grande repercussão: Gerião Correia na novela Prova de Amor, da Record. Com a chance nas mãos, André superou o estereótipo, livrou-se dos fios loiros e, desde então, se tornou especialista no ramo do mal, para a sua realização profissional e o azar dos novos mocinhos da ficção. André, que hoje dá vida ao malandro regenerado Magno, de Balacobaco, soma cinco papeis dentro da vilania, de vários perfis e níveis de maldade. Aos 40 anos, o artista está em plena forma e afirma que a maturidade o ajudou a emplacar papéis ricos e complexos. E garante também que o momento é de comemoração, amadurecimento profissional, respeito entre o público e a classe artística. O Fuxico: Há mais 20 anos você ostenta a fama de galã. Ao completar 40 anos, o que mudou? AS: Mudou somente o entendimento da vida, o amadurecimento e a consciência de que as coisas mais simples são as mais importantes. Aos 40, estou mais sábio e ainda melhor. A idade é simbólica, cronológica, mas não é espírito, então não diz nada. Em alguns momentos, eu me questionei como seria envelhecer, mas hoje observo essa questão de maneira natural, com mais aceitação. O passar dos anos está sento tranquilo, normal, sem ser um bicho de sete cabeças. Além disso, tenho hábitos saudáveis, corro atrás… OF: E quais são os seus hábitos e cuidados com o corpo? AS: Faço caminhada, esporte, pratico surfe, malho… Não tem segredo, tudo é matemática: se comer besteira vai aparecer uma hora ou outra. Pensando nisso, faço tratamento ortomolecular, tenho alimentação saudável e faço atividades físicas. Como de três em três horas, evito frituras, doce e gorduras. Balanceio os exageros com fruta, salada, lentilha, carne e peixe. Acredito que estou bem e com boa saúde.
OF: Profissionalmente, nota que o perfil dos seus personagens mudou?
AS: São 33 anos de trabalho destinado à arte, então acredito que, quando ficamos mais velhos, naturalmente os personagens passam a ser mais experientes e exigem mais experiência. Hoje, tenho mais entendimento pelo ofício de ator, que antes. Com toda certeza realizo trabalhos mais interessantes aos 40 que aos 30. Caso fizesse o Magno aos 30, talvez eu não o fizesse dessa forma e ele não tivesse mais inteiro, mais completo. OF: Assim como Magno, seus últimos cinco personagens são vilões. Qual o motivo do seu fascínio para a vilania? AS: Tudo foi uma busca, pois procurei interpretar vilões. Quando estava no teatro profissional aos 17 anos, sempre me davam o papel do bom moço, do príncipe, do mocinho, baseado principalmente na minha estética. Porém, sempre tive a consciência de que com o papel de vilão daria para desenvolver o trabalho com maior excelência, com elementos diversificados de composição, possibilidades e entrega. Queria interpretar o lado mal justamente por ser o oposto de mim e exigir maior dedicação, laboratório, por estar em uma realidade distante. O ator vive de desafios. OF: Como foi interpretar o primeiro vilão da sua carreira? AS: Pedi muito para muitos autores, mas nunca surgia a oportunidade. Meu primeiro vilão foi na peça Os Duelistas (2001), com direção de Jorge Fernando. Como a produção foi minha, não deixei a oportunidade passar (risos) e foi uma delícia, uma realização total. Já na televisão, interpretei o malandro bem humorado Gerião, de Prova de Amor, do Tiago Santiago. Fiz uma composição muito rica – o cabelo ficou escuro, emagreci vinte quilos – e até hoje as pessoas me abordam. Foi um personagem diferente, que me completou durante o processo. OF: As pessoas confundem vilão com ator? É verdade que já foi agredido? AS: Não, não. As pessoas sabem distanciar o personagem da vida real, mas a abordagem é diferente. Alguns chegam brincando e brigando, sem agressividade, dão uma durazinha por conta de alguma maldade. Mas a maioria te olha muito e não tem coragem de chegar perto, ficam ressabiadas. O trabalho cria essa imagem, é impactante. Há um respeito dos fãs e da própria classe artística. Já nos papel de mocinho, a abordagem é mais escrachada, mais frequente e mais espontânea, com pedidos de fotos.
OF: Em sua participação em A Fazenda 2, por outro lado, você foi visto como o mocinho. Como avalia essa experiência e o fato de ter ficado em segundo lugar?
AS: Vou achar eternamente que foi uma passagem vitoriosa. Pois a vitória de um verdadeiro campeão não é o prêmio, mas a sua trajetória. Fiz a política do bem, do amigo, do cara que está para somar, que não é intrigueiro, que trabalhou com inteligência emocional, que desenvolveu tarefas sem estarem na minha função, que cuidou com carinho dos animais. Os atos não podem ser justificados porque é um jogo, afinal quem é escroto em um reality show é escroto na vida real. O público viu isso e me colocou na final pela minha conduta. E também quero dizer que realmente queria que a Karina [Bacchi, vencedora da edição] estivesse comigo. Gostei da conduta dela. OF: Manteve alguma amizade com os participantes? AS: Não vi mais ninguém, mas ficou o carinho. Já encontrei o Maurício [Manieri], Leozinho, e o Xuxa [Fernando Scherer] em festas, trabalhei com a Cacau Mello na minissérie da Record… Amigos são como estrelas, mesmo quando a gente não vê tanto, a gente sabe que elas estão lá. OF: Qual é o seu maior sonho hoje em dia? AS: É fazer cinema. Não somente o brasileiro, mas o americano. E, por incrível que pareça, as oportunidades são maiores no cinema americano. Lá, ficamos sabendo dos testes, do que está acontecendo e as coisas acontecem de maneira mais rápida. Meu foco é cinema, produzindo, dirigindo, atuando, estudando. Mas é claro que nunca vou deixar de fazer novela e teatro, tudo o que é arte. Em breve, tenho três projetos de cinema, com roteiros bem bacanas, para revelar. Aguardem!
Momento Literário 📖 . Conceição Evaristo, escritora, faz da arte um poderoso instrumento de luta contra o racismo e o machismo instalados no alicerce da população. . . .
A jornalista Alana Rocha, 37 anos, não tem medo de ir para as ruas, se debruçar em entrevistas espinhosas e desenvolver as mais diversas pautas sobre crimes que ocorrem na Bahia. E sempre com identidade própria, com muita leveza e humor, que fazem a audiência subir e Alana cair nas graças do público. Natural de Riachão de Jacuípe, a 186 quilômetros de Salvador, a jornalista admite que desde muito pequena carrega o jornalismo na veia. Na infância, assistia à Kátia Guzzo, Gil Gomes e Márcia Goldschmidt na TV, e levava tudo para as brincadeiras. Logo percebeu que tinha o dom da comunicação e seguiu em busca de seu sonho – sempre com o incentivo da mãe. A carreira começou nas rádios, em que, logo na primeira experiência, teve que noticiar um homicídio na cidade. Experiência que tirou de letra e na qual viu a importância do jornalismo: a família da vítima ficou sabendo do ocorrido por meio de sua narração e foi ao local reconhecer o corpo. Posteriormente, criou um blog local – o Hora da Verdade – no qual ainda posta vídeos sobre diversos assuntos da cidade, e cursou jornalismo na FAT, localizada em Feira de Santana. Em 2017, Alana se tornou notícia em todo o Brasil como a primeira mulher trans a trabalhar como repórter de um programa policial, Ronda, da TV Aratu/ SBT. Inicialmente, cobriria apenas as férias do apresentador, mas logo o público pediu mais e Alana continuou. Realizou grandes reportagens, como o dia em que entrevistou um agressor de travestis. Mas no fim de 2018, acabou sendo desligada da empresa por ter gravado um story apoiando um governador do PT. Em entrevista ao NLUCON, Alana fala de sua paixão pelo jornalismo, os bastidores do programa, a opinião sobre a necessidade do diploma e as vivências de uma mulher trans na profissão. Confira em vídeo e texto no www.nlucon.com . #AlanaRocha #jornalista #jornalismo #jornalismopolicial #jornalismoindependente #jornal #repórter #repórterpolicial #visibilidadetrans #representatividadetrans
A apresentadora Bela Gil comentou, em entrevista à revista Marie Claire, como tem criado os filhos, Flor, de 10 anos, e Nino, de dois. Segundo ela, os pequenos não estão impostos a uma demarcação específica de gênero e que terão liberdade para vivenciarem o gênero e a identidade que julgarem ser as próprias. . . “Eu tenho um filho que nasceu do sexo masculino e uma filha do feminino, mas quem vai decidir se vai ser mulher ou homem são eles, isso não cabe a mim”, declarou Bela, que é casada com Paulo Demasi e mora atualmente na Itália. Segundo ela, os filhos são criados para se aceitarem como são. “Tentamos ser os mais abertos e receptivos possível nas escolhas naturais deles. A gente insiste muito na educação do respeito ao próximo e na valorização de si mesmo, de se aceitar como se é”. . . A apresentadora diz que há muito cuidado sobre o que passam para os filhos e que acredita muito na observação. “Criança imita muito, quer fazer, falar o que os pais falam e praticam. Temos muito cuidado em relação ao que queremos passar para eles, desde alimentação, à valorização cultural e o respeito ao próximo”. . Um tema que ela já aborda com a filha é o feminismo. “A gente tem um lema com a nossa filha que é ‘meu corpo minhas regras’. Desde agora ela já entende isso”. Desta forma gente pode substituir uma educação cisheteronormativa e fincada no machismo por uma educação que respeita a todos! Arrasou Bela! #BelaGil #Bela #belagilcozinha #substituir #transfobianão #Respeito #educação #mãe #autoaceitação #aceitação #acolhimentofamiliar #acolhimento
Celebrar o orgulho de quem se é, reivindicar direitos e lutar contra os preconceitos. É com essa finalidade que muitas Paradas do Orgulho à diversidade pipocam pelo mundo. Agora, vai ocorrer em Londres a primeira Parada do Orgulho Trans, no dia 14 de setembro. O evento, cujo local ainda não foi divulgado, terá música ao vivo, performances, barracas das organizações LGBTQIA +, painéis e palestras de pessoas trans inspiradoras, obras de arte que dialogam com a identidade e muito mais. Na página do evento no Facebook, a organização diz que decidiu criar uma parada específica para a comunidade trans porque ela é merecedora do seu próprio evento de orgulho. “Um dia para nos unirmos e ficarmos na multidão e nos sentirmos normais”. Diz ainda que os meios de comunicação controlam a maneira como as pessoas trans são vistas e podem ser vistas, o que estaria deixando as vozes distorcidas. “Queremos criar um espaço que centralize as pessoas trans e nos permita apropriar de nossa narrativa”, afirma. #LondonPride #MarchaTrans #ParadaTrans #ParadadoOrgulhoTrans #Londres #LondonLGBT #LGBTLondon #trans #visibilidadetrans #representatividadetrans #mulhertransexual #mulhertrans #homemtrans #travesti
A jogadora de vôlei Tifanny Abreu renovou contrato com o time Sesi Vôlei Bauru e fará sua terceira temporada pelo time no Brasil. A ponteira/aposta confirmou a informação ao site Saída de Rede, do UOL, durante um evento em São Paulo. “Mais uma vez vou estar no Sesi Vôlei Bauru, onde fui muito bem acolhida não só no projeto, mas também pela cidade”, afirmou. A jogadora declarou que um dos fatores que motivou a renovação é o apoio dos torcedores e do presidente do clube, Reinaldo Mandaliti. “O Reinaldo me trata super bem, assim como a torcida, que está sempre me apoiando nos momentos bons ou ruins”. Aos 34 anos, Tifanny diz que renovar com o time está sendo “bom” para ela, pois Bauru já se tornou a sua casa. #TifannyAbreu #esportetrans #esportistatrans #volei #voleifeminino #TiffanyAbreu #jogadora #mulher #mulhertrans #visibilidadetrans #mulhertransexual #representatividadetrans
Que a semana se inicie com muita alegria em todos corações. 💟 . . .
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