Urias é uma das atrações do TransViva
Para celebrar o Mês da Visibilidade Trans, artistas e ativistas trans e travestis vão promover gratuitamente, de terça-feira (22) até o dia 29, o Festival TransViva, que ocorre no Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação e sob o Viaduto Santa Tereza, em Belo Horizonte. Trata-se de um manifesto artístico e político pela vida das pessoas trans.
O projeto, cuja equipe é composta por pessoas LGBT, sendo maioria transgênera, negra e jovem, conta com rodada de negócios, oficinas de qualificação profissional, apresentações culturais, mesas de debates, exposições e oficinas artísticas.
“O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. É nesse contexto que surge a provocação para a idealização de um festival que celebre a vida de pessoa trans em sua plenitude. Queremos viver, não apenas sobreviver”, declara a artivista Juhlia Santos, que é idealizadora do Festival.
Dentre os destaques da programação estão a Rodada de Negócios na quinta-feira (24). Será um encontro entre empresas que possuem profissionais trans em seus quadros de funcionários e organizações diversas, em busca de discutir e promover a empregabilidade trans. Sábado (26), rola a Praia da Estação, um evento colaborativo que já é tradicional na cidade e que terá uma edição especial no Festival.
Outro destaque ocorre no domingo (27), com o show da cantora Urias no Viaduto Santa Tereza. Urias é natural de de Uberlândia e se tornou conhecida nacionalmente após a participação no CD da cantora Pabllo Vittar. Já na terça-feira (29), será apresentado o espetáculo teatral paranaense Grazzi Ellas, que reflete sobre corpos trans na arte, questionando padrões sociais femininos e a pressão social que molda esses corpos.
“O espaço das artes é propício para se discutir essa realidade com liberdade. O Festival TransViva promove contato direto entre pessoas trans e cisgêneras. A partir da interação e contato com corpos de diferentes configurações e ao repertório de cada pessoa, vão se quebrando as barreiras da marginalização dos corpos trans, cedendo lugar ao que realmente importa: o respeito ao lugar de fala e de escuta, a quebra de preconceitos e o respeito pelas diferenças. Ou seja, somar corpos para transformar, ressignificar espaços, transbordar as mentes que um dia se fecharam”, finaliza Juhlia.
O TransViva foi financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
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