Comercial “Meu Primeiro Sutiã” ganha versão com adolescente trans; assista! admin Abril 26, 2019

Comercial “Meu Primeiro Sutiã” ganha versão com adolescente trans; assista!

Inspirada na clássica propaganda “Meu Primeiro Sutiã”, de 1987, a Madre Mia Filmes produziu um filme com uma protagonista que é mulher trans. A história gira em torno das descobertas e desafios de uma adolescente que foi designada menino ao nascer, mas que se identifica com o gênero feminino e é uma menina.

Ela enfrenta colegas transfóbicos na escola, as pressões para se enquadrar no gênero masculino, até que o pai fica sabendo de sua transgeneridade, por meio de um diário com diversas fotos. A primeira reação não é das melhores, mas logo algo inesperado ocorre: Ludmila é acolhida e ganha um presente.

A protagonista foi encontrada após uma pesquisa, que buscava encontrar uma personagem que tivesse uma história semelhante. Sendo assim, ela também é uma adolescente trans, que aos 10 anos conseguiu mudar o seu registro e ser legalmente chamada de Ludmila Galvan. Aos 12, ganhou seu primeiro sutiã.

A mãe Daniela Galvan aparece ao fim dando um depoimento: “Sempre foi uma menina por dentro. Uma menina, mas por fora um menino. Mas ela é uma mulher (…). Seja o que quiserem ser e sejam livres. Não se escondam. Se gosta de ser algo, seja”, declara.

Ao site PropMark, Washington Olivetto – o criador da primeira propaganda Meu primeiro Sutiã – comentou: “Acho mais do que natural que nos dias de hoje, quando a opção trangênero saiu do armário na vida e por consequência na publicidade, que seja feito um filme como esse inspirado no ‘O Primeiro Sutiã’”.

O filme foi feito para a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e a divulgação da campanha na mídia será feita pela ROIx Content. Ele chama atenção para o acolhimento a pessoas trans no seio familiar, um dos primeiros espaços de transfobia enfrentado.

* Atualização: Após questionarmos a utilização do nome anterior na legenda do vídeo, a Antra, por meio de Bruna Benevides, informou que a exposição do nome masculino foi uma exigência da própria atriz. “Não negligenciamos esta posição, ao contrário, nós respeitamos a determinação e o pedido da própria Ludmila, da autonomia dela de marcar esse posicionamento de que este processo foi importante para ela, de acordo com as palavras dela”, afirma.