* Pergunta enviada pelo Instagram @Nlucon (segue lá!)
2018 se foi, 2019 chegou e talvez dentre as suas resoluções de Ano Novo esteja se assumir LGBT para a família. Por vezes, o simples ato de se assumir torna-se uma tarefa um tanto complicada para sua saúde mental. Com isso, antes de pensarmos em como introduzir existem algumas coisas que precisam ser consideradas e feitas.
Antes de mais nada é preciso lembrar que o ato de se assumir, para além de uma declaração política é simplesmente dividir uma informação sobre você. Tal informação pode mudar a postura de pessoas em relação a você, mas isso fala mais sobre elas do que sobre você. Em outras palavras, lembre-se que não há nada de errado em ser quem se é.
Antes de se assumir, esteja preparado. Preparado para aquela reação péssima ou talvez aquela reação tão incrível que certamente vá te fazer chorar um pouquinho. A terapia pode ser uma excelente ferramenta de preparo, dividir seus anseios com alguém preparado pode ser fortalecedor. Buscar grupos de pessoas (mesmo que online) que estejam passando pelo mesmo que você também pode ser algo interessante.
Tá, mas como introduzir a temática?
Os momentos ideais para tentar dialogar sobre comunidade LGBT quem vai perceber é você, mas felizmente podemos criar alguns despretensiosamente, né?! Mas é importante também que você escolha bem a pessoa para quem você vai fazer isso. Uma pessoa com quem você tem mais proximidade e que seja mais aberta para o diálogo é um bom ponto de partida. Até mesmo para você tentar entender junto com ela possíveis reações de outros familiares.
Se a sua família consome bastante televisão (o que é comum no nosso país), aquele seriado que você gosta com casais LGBTs pode ser uma boa opção. Novelas ou filmes também. O mesmo vale para livros, se for o caso…Comentar sobre algum personagem LGBT que tenha uma história que você se identifique é bacana. Tudo isso com bastante atenção as possíveis reações.
Feliz 2019!!
Thomaz Oliveira, psicólogo (CRP 06/145487)
É formado pela Universidade Paulista e realiza atendimento clínico para adolescentes, adultos e idosos sob a ótica psicanalista nas cidades de Santos e São Paulo. Também realiza palestras sobre diversidade sexual e de gênero, e é colunista do NLUCON, respondendo perguntas e dúvidas dos leitores e fortalecendo a relação entre a Psicologia clínica e a população trans e travestis.
Contatos Thomaz: Celular: (13) 99710-0882 [email protected]
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