O Google homenageou nesta terça-feira (29) a travesti histórica Brenda Lee (1948-1996). Ele exibiu um doodle da militante, que se tornou conhecida pela atuação em prol dos direitos humanos, em sua página principal em menção ao Dia Nacional da Visibilidade Trans.
Com a linda homenagem, o nome de Brenda voltou a ser ressaltado e muita gente que não conhecia passou a pesquisar e a conhecer. Trata-se de uma ativista que nos anos 80 tornou-se referência na luta em prol das pessoas trans, travestis e soropostivas.
Tudo porque a pernambucana radicada em São Paulo teve uma pensão no bairro do Bixiga, que após o boom da Aids passou a receber e cuidar pessoas soropositivas e pessoas trans rejeitadas pelas famílias. Transformou o espaço na Casa de Apoio Brenda Lee, que no período recebeu apoio do Hospital Emílio Ribas e de famosos como Hebe Camargo.
O acolhimento afetuoso, num período de extrema desinformação, preconceito e rejeição às pessoas soropositivas e travestis, foram considerados exemplares. Tanto que Brenda era referida como o “anjo da guarda das travestis” e o espaço era chamado de Palácio das Princesas. Há relatos de que na ausência de vagas, ela emprestava sua própria cama para abrigar e cuidar das pessoas.
Infelizmente, a militante teve um fim trágico no dia 28 de maio de 1996 aos 48 anos. Ela sofreu um golpe financeiro de um funcionário que era seu namorado e fez um acordo para receber o dinheiro. No caminho, foi surpreendida com um tiro na boca e outro no coração. Seu corpo foi encontrado em uma vala no meio do matagal e carro abandonado na Av. 23 de Maio.
Caso estivesse viva, Brenda completaria 71 anos em 2019. Segue sendo um ícone para a população travesti e um exemplo para os brasileiros em geral. Você pode saber mais detalhes da história de Brenda clicando aqui e sobre a Ong Casa de Apoio Brenda Lee aqui.
