O jogador de handebol sueco Loui Sand anunciou que é homem trans após finalizar o seu contrato com a equipe feminina Fleury Loiret, da França. Aos 26 anos, ele revelou no Instagram que não se identifica com o gênero atribuído no nascimento e que penduraria a chuteiras para viver a sua verdadeira identidade.
“Eu tive um momento muito ruim nos últimos tempos. Eu sempre soube o que sou, o que é de uma forma bom. Eu nasci no corpo errado. Se fosse uma pessoa anônima, sem a exposição na televisão, isso teria sido muito mais simples”, declarou o jogador em um podcast.
O atleta ficou conhecido por jogar e vencer diversas ligas suecas femininas, como o Sävehof. Há dois anos foi para o handebol francês, primeiro jogando pelo Brest Bretagne e nesta temporada pelo Fleury. Ele tem 105 jogos, marcou 221 gols e disputou sete etapas finais com a equipe, conquistando o bronze no Campeonato Europeu de 2014.
No Instagram, ele declarou que decidiu “colocar as chuteiras de handebol na prateleira para sempre”, anunciando o fim da carreira. Ele contou que quebrou o contrato com a equipe, mas que o clube e as meninas foram absolutamente maravilhosos. Ele fez uma série de agradecimentos, inclusive aos pais, e pediu para o público respeitar a sua decisão. “Agora é a hora de viver minha vida de verdade”, escreveu.
Na terça-feira (08), ele declarou à TV pública sueca SVT que falar sobre sua transgeneridade é um alívio e que estava há muito tempo treinando sobre falar. “Me sinto muito liberto porque não tenho que responder as perguntas sem mentir. Eu sempre fui uma pessoa muito aberta”, declarou ele, que iniciará o tratamento hormonal.
Após a revelação, o atleta passou a receber muitas mensagens de apoio nas redes sociais. Ele afirma que está cercado de “demonstrações de amor”, tanto de familiares, amigos quanto de estranhos. O Time de handebol sueco parabenizou o atleta pela “enorme coragem”. “Boa sorte para a próxima partida, muito mais importante do que qualquer outra jogada em um campo de handebol. Para nós, você sempre será Loui. Rei Loui”.
Quem sabe o pendurar das chuteiras não seja somente temporário e que, em breve, ele possa retomar a carreira em uma equipe masculina, caso essa seja a vontade dele? A gente torce…