O Conselho Nacional do Ministério Público, com o Apoio da União Europeia, lançou neste mês o clipe “A música que todos deveriam saber a letra”, cantada por Karol Conka. A campanha faz menção aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
A obra, que conta com a presença da artista Daniela Mercury, da militante Keila Simpson e de diversos artivistas, canta 30 artigos em versão musicada dos direitos que fazem parte da DUDH e que devem ser divulgados, garantidos e conhecidos pela população.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, declarou: “Essa campanha vem para fortalecer o princípio de que todos seres humanos têm a mesma dignidade e fruem os mesmos direitos”. Em um trecho da música, é cantado: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião, nem de riqueza”. No refrão: “São seus direitos”.
Para além da divulgação, o clipe denuncia a violação e desrespeitos a diversos direitos que aparecem na declaração universal. Keila, que é militante travesti e presidenta da ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, aparece representando em uma cena de violência transfóbica vinda de policiais. Depois, ela tira a maquiagem e se mostra consciente dos direitos.
“Nós, travestis e transexuais, apenas pedimos que queremos ser respeitadas como somos e nos identificamos. Se fizer isso, já vai ser de grande valia para as novas gerações. Pense nisso: o ódio não leva a nada. Enquanto hoje você odeia algumas pessoas, amanhã pode ser você o odiado”, declarou Keila com a maquiagem no rosto, em um vídeo divulgado no NLUCON.
Vale dizer que Karol, Keila e Daniela não cobraram cachê para participarem. Diversos outros artistas também participaram voluntariamente.
Confira outro material da campanha clicando aqui.
Assista ao clipe:
Assista a mensagem de Keila Simpson: