“Já fiz novena para a Amy Winehouse” |
Por Neto Lucon (Mix Brasil, 2010)
Alegria das donas de casa, a personagem Mama Bruschetta tornou-se muito mais que uma atração do programa “Mulheres” (TV Gazeta). Hoje, Mama é o alter-ego do ator Luis Henrique, que interpreta e faz as divertidas fofocas dos famosos.
Em 2010, quando Mama encenava a peça “Miss Brasil Sou Eu”, de Ronaldo Ciambroni, eu a entrevistei nos bastidores do teatro Santo Agostinho, em São Paulo, e desvendei algumas curiosidades da trajetória da personagem.
Muita gente sequer sabe se a Mama é homem ou mulher. Fora do personagem, vemos você com o cabelo comprido, as unhas pintadas… Afinal, a Mama já ocupou parte da vida do Luis?
É a mesma pessoa. Posso dizer que a Mama é meu alter ego. Muita gente me chama de Mama e eu não me importo. Ela é tudo aquilo que a gente quer por para fora. É um personagem incrível.
E como é ser a alegria de senhoras?
É gostoso, mas nem sempre foi assim. A Mama nem sempre foi bem vista. No início, em 2000, ela era uma mafiosa, vestia-se de preto e falava mal de todo mundo. O Clodovil apresentava o programa Mulheres e criou esse personagem muito cáustico. Por causa dele me indispus com muita gente. Esse até é o meu jeito, mas a gente não precisa depreciar o inimigo.
De qual maneira conseguiu dar essa virada?
Quando ele foi para outra emissora e a Cátia Fonseca começou a apresentar, ela disse que não queria trabalhar com aquela Mama. Chegou a dizer: “Eu não quero aquela mulher horrorosa aqui”. Daí a produção achou melhor reformular. E ela voltou melhor, mas ainda com alguma malícia.
Como é estar em dois programas de televisão?
É uma delícia. Com a Cátia temos uma amizade muito gostosa e cada uma respeita o espaço da outra. Só não gostei quando mostraram meu chuchu. Com o Silvio eu também adoro. Ele arranjou um jeito de brincar com o público. Ele me respeita, me chama de gordona. Isso não tira pedaço. É um privilégio trabalhar com ele.
E agora também está no teatro como um arcebispo que quer ser miss…
O Ronaldo Ciambroni me convidou e eu aceitei. E essa não é uma peça que exige muito de mim. É um desfile, que antes era feito pela Kaká di Poli. A gente vai lá, faz a bonita e o público elege. Eu já fui Miss, mas prefiro não ser a escolhida. A coroa pesa muito (risos).
É verdade que você faz uma novena para os famosos?
É verdade. Coloco todos os artistas que estão em um momento ruim em minha novena. É uma novena interminável. Já coloquei a Amy Winehouse, Lindsay Lohan, o Rafael Ilha… Eu acredito muito no poder da fé, mas não sou carola.