O Instituto Amazônia Saúde e Bem-Estar irá promover a partir do dia 1º de fevereiro o projeto “Transcuidadorxs”, em São Paulo. Trata-se de um curso gratuito e sem fins lucrativos de formação de Cuidadoras de Idosos para a população LGBT, especificamente pessoas trans, transexuais e travestis.
Iniciativa visa cruzar duas realidades: o envelhecimento populacional crescente no país e no mundo, que demanda mais profissionais especializados em cuidados de pessoas idosas. E a população trans, que carece de oportunidades no mercado de trabalho devido à transfobia e que por meio desta especialização pode preencher tais vagas e se inserir no mercado formal de trabalho.
O projeto é acompanhado e apoiado pela militante transexual e agente de saúde Amanda Marfree. “Estou aqui tentando agregar e a somar com toda nossa população para sermos inseridas”, diz. Madson Douglas Ribeiro Sousa, diretor da clínica e coordenador acadêmico, afirma que se trata de uma ação de “grande representatividade social”. “Visamos inserir no mercado de trabalho pessoas com vulnerabilidade agravada. É com imenso prazer que damos início a esse projeto, que será um sucesso”.
Os cursos serão feitos presencialmente, com 80 horas de aulas teóricas e práticas, além do estágio em visitas técnicas a centros e instituições de longa permanência para idosos. O corpo docente é constituído por professores da área da saúde (médicos, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros) com experiência em gerontologia e que são professores do MED Masteclass.
Todos os alunos estarão habilitados e capacitados para atuarem na prestação de cuidados de saúde e assistência social às pessoas idosas com algum grau de dependência e necessidades, seja no ambiente domiciliar ou institucional, seja no setor público ou privado.
Vale dizer que inicialmente o curso disponibilizou 20 vagas para travestis e transexuais. Porém, com mais de 120 pessoas interessadas, o curso foi ampliado para 40 vagas. A primeira turma já foi preenchida. “Infelizmente não temos mais vagas para as aulas. Vamos nos dedicar em formar essa primeira turna, quem sabe abrir outras turmas. Também temos o projeto de abrir uma turma de pessoas refugiadas”, declarou Fabian Lima.
Excelente curso para todas, todos e todes!