O Twitter começa a punir usuários que fazem posts transfóbicos. A iniciativa começa a ser aplicada por meio de uma reformulação nas políticas de conduta, que tem como objetivo combater discursos de ódio e também trazer mais segurança a pessoas trans dentro da rede social.
Segundo o site The Verge, o Twitter já proibia anteriormente “insultos repetidos e/ou não consensuais”. No início de 2018, a nova política proíbe o desrespeito a identidade de gênero da pessoa trans.
Isso inclui o tratamento maldoso ao utilizar o pronome errado (tratar uma mulher trans, por exemplo, por “ele, dele”) ou divulgar o registro antes da transição (caso a pessoa não se identifique mais assim). Obviamente devem ser analisadas as intenções da pessoa ao fazer determinadas colocações, seja na questão pessoal ou do coletivo, e se elas têm o objetivo de ofender, humilhar ou deslegitimar a pessoa trans.
No dia 23 de novembro a feminista radical Meghan Murphy teve sua conta suspensa após ser acusada de assediar uma mulher trans. O mesmo ocorreu com Laura Loomer, cujos posts falam sobre posicionamentos de extrema-direita e teor considerado transfóbico.
Ainda não se sabe como serão as aplicações dessas políticas e na eficácia delas. Em outras redes sociais, apesar das políticas contra o preconceito, é possível ver usuários escrevendo posts preconceituosos e tendo seus perfis mantidos, enquanto usuários da própria comunidade LGBT que, ao mencionar palavras consideradas ofensivas como denúncia ou empoderamento, tiveram suas contas automaticamente suspensas.
No Brasil não há nenhum caso público de conta suspensa ou punição por posts transfóbicos. Caso você saiba de algum caso, nos informe pelo e-mail [email protected].